O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, assegurou nesta quinta-feira que o governo grego “aceita” a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) no... terceiro programa de resgate do país.
— O ministro das Finanças, Euclides Tsakalotos, me confirmou que o governo grego aceita que o FMI deve ser parte do processo — disse Dijsselbloem ao chegar a Bruxelas para uma reunião dos 19 ministros da zona do euro. — Ficou bastante claro para ele que (a participação do FMI) é parte do acordo alcançado durante o verão (boreal) para um terceiro resgate à Grécia por € 86 bilhões. Era um tema muito importante para vários Estados-membros.
O FMI, que participou nos planos anteriores de ajuda financeira à Grécia, não disse, contudo, se fará parte do terceiro pacote, fechado em 13 de julho, após intensas negociações entre Atenas e seus credores, liderados por Berlim.
Dijsselbloem reuniu-se com Tsakalotos na terça-feira na Holanda. O ministro grego iniciou na última sexta-feira uma série de viagens para convencer os parceiros da Grécia a lançar uma renegociação para uma redução da dívida pública, que representa quase 200% do PIB.
Tsakalotos viajou a Roma, Lisboa, Paris, Helsinque, Amsterdã e Berlim para se reunir com seus respectivos colegas, Pier Carlo Padoan, Mario Centeno, Michel Sapin, Alexander Stubb, Jeroen Dijsselbloem e Wolfgang Schäuble.
Em julho do ano passado, a Grécia aceitou um terceiro plano de resgate internacional de cinco anos por um montante de € 86 bilhões. Em troca foram exigidas reformas econômicas e sociais.
Os representantes de seus credores — Banco Central Europeu, Comissão Europeia, Mecanismo Europeu de Estabilidade e FMI — voltarão a Atenas no próximo dia 18 para fazer uma primeira avaliação do que foi alcançado nos últimos seis meses. Uma avaliação positiva poderia abrir caminho a uma discussão para uma primeira remissão da dívida grega.