Παρασκευή 15 Ιανουαρίου 2016

Boia robótica vai ajudar no salvamento de refugiados na Grécia

A Emily é usada para resgate de banhistas em algumas praias americanas 

Alguns chamam de crise, mas o mundo enfrenta uma catástrofe humanitária com.... os refugiados das guerras no Oriente Médio, sobretudo na Síria. Ao longo do ano passado, mais de um milhão de imigrantes chegaram à Europa, e a ilha de Lesbos, na Grécia, é uma das principais portas de entrada. De acordo com a ONG International Rescue Committee, são cerca de 2 mil pessoas que tentam chegar à ilha diariamente, em embarcações precárias e superlotadas. A estimativa é que mais de 4 mil pessoas tenham perdido a vida nessa jornada. Para tentar evitar novas mortes, o governo grego decidiu recorrer à tecnologia.

A guarda costeira do país acaba de fechar convênio com o Centro de Busca e Resgate com Auxílio de Robôs, da Texas A&M University, para um projeto piloto com o uso da Emily (Emergency Integrated Lifesaving Lanyard), uma boia de salvamento motorizada operada por controle remoto. O equipamento mede cerca de 1,20 metro de comprimento e navega a velocidade de 30 quilômetros por hora, conectado a uma corda de 600 metros. Com o uso de um drone conhecido como Fotokite, os operadores têm uma visão aérea do local do resgate, permitindo o posicionamento da Emily próximo aos náufragos.

— Nós podemos levar o barco até lá e começar a recolher as pessoas que possam se agarrar na boia e tirarmos elas do caminho — disse John Sims, ex-funcionário da Guarda Costeira responsável pela operação dos robôs, em entrevista à Wired. — Depois, os salva-vidas podem fazer o trabalho deles e retirar as pessoas que ficaram inconscientes.

Esse é o plano, mas a Emily nunca enfrentou situações como essa. Atualmente, o robô é usado em algumas praias americanas, para o salvamento de banhistas. Na ilha de Lesbos, os desafios serão muito maiores. A boia tem capacidade para cinco pessoas se prenderem a ela, mas num naufrágio o número de vítimas é grande, chegando às centenas. É possível que a Emily seja mais indicada para o resgate de banhistas individuais, em vez de grupos.

— O que muitas pessoas que trabalham com robôs de resgate vão dizer é que muitas coisas começam com boas intenções — disse Ani Hsieh, da IEEE Robotics and Automation Society. — Você nunca sabe realmente qual o melhor uso para um robô até que você tenha pessoas no campo e veja os equipamentos sendo testados.
Foto: DIVULGAÇÃO