Quando escrevemos sobre as atrações imperdíveis para se visitar em cada país, normalmente limitamos o número a 10. ...Mas há lugares em que é impossível reduzir tanto essa quantidade e um deles é a Grécia. Não é à toa que este país na divisa da Europa com a Ásia é o destino desejo de viajantes há várias gerações. Fazer um cruzeiro pelas ilhas gregas já era moda entre os ricos e nobres no século XVIII. Mas nem só de suas famosas e indescritíveis ilhas – e praias – vive a terra que foi o berço da cultura moderna. Há também impressionantes ruínas do mundo antigo, cidades medievais, vilarejos coloridos de azul e branco e mosteiros pendurados em penhascos entre as 15 coisas imperdíveis o que fazer na Grécia.
Por isso, se você está planejando uma viagem para a Grécia, não se limite à popular dupla Atenas a Santorini. Há muito mais para ver por lá. Só para dar um exemplo, as praias mais lindas do país não estão em nenhum desses dois lugares! E não só a praia mais bela do território grego, como a mais incrível do mundo: Navagio Beach. É claro que ver tudo o que há de melhor tem seu preço. Um roteiro bem abrangente pelo país, embora não completo, pode superar facilmente os 20 dias e sabemos que não é todo mundo que tem orçamento ou tempo para férias tão longas. Mas se você tiver, recomendamos altamente o investimento. E temos certeza que você vai concordar depois de ler esta seleção de 15 coisas imperdíveis o que fazer na Grécia 😉 .
Partenon
O Partenon é o mais conhecido e visitado dos edifícios remanescentes da Grécia Antiga. Localizado 150 metros acima do nível do mar, na Acrópole de Atenas, a capital da Grécia, é um dos melhores exemplares da arquitetura clássica que ainda podem ser vistos em pé. Ou pelo menos parcialmente vistos, já que o local se encontra em obras de restauração há alguns anos e as mesmas não têm prazo para acabar. Portanto, prepare-se para ter que driblar um bocado de andaimes e funcionários de capacete amarelo nas suas fotos. Mas nada disso é o suficiente para tirar o fôlego da grandiosidade deste templo. A Wikipedia o descreve como “um símbolo duradouro da Grécia e da democracia, visto como um dos maiores monumentos culturais da história da humanidade”. E é mesmo.
O nome Partenon deriva da estátua da deusa Atena Partenos, de 12 metros de altura e toda feita em marfim e ouro que habitava o lugar quando de sua construção, em 450 AC. Infelizmente ela não sobreviveu até os nossos tempos, mas há detalhes da arquitetura original do edifício que podem ser observados in loco, como as esculturas no topo da fachada. Além disso, todo material recolhido no sítio arqueológico está em exibição no novo e moderno Museu da Acrópole, que fica logo ao lado de uma das subidas para o Partenon. Além dele, também ficam na Acrópole outros edifícios de cunho cerimonial religioso como o Propileu, o portal para a parte sagrada da Acrópole; o Erecteu, templo dos deuses do campo; e o Templo de Atena Nice, simbolo da harmonia da antiga cidade-estado de Atenas.
Para visitar tanto a Acrópole quanto o museu, você pode procurar pela Rua Dionysiou Areopagitou, que fica logo ao lado da Estação Acropoli do metrô de Atenas. O museu funciona em dois esquemas de horários diferenciados conforme a estação do ano. No verão (1º de abril a 31 de outubro), abre às 8h e fecha às 16h nas segundas, às 20h nas terças, quartas, quintas, sábados e domingos; e às 22h nas sextas. No inverno (1º de novembro a 31 de março), abre às 9h e fecha às 17h de segunda a quinta, às 20h nos sábados e domingos; e às 22h nas sextas. A entrada custa 5 euros e não pode ser combinada com o ingresso para a Acrópole. Maiores informações estão disponíveis no site oficial do museu.
É realmente complicado dizer com certeza qual o horário de abertura e fechamento da Acrópole. Uma vez que não há um site oficial do sítio, informações desencontradas se espalham pela web. Na página do Ministério da Cultura da Grécia, consta que a visitação pode ser feita todos os dias das 8h às 18h. Mas em sites sobre turismo em Atenas, lemos que há diferenciação de horários entre o verão e o inverno. De 1º de novembro a 31 de março, seria das 8h às 15h. De 1º de abril a 31 de outubro, das 8h às 20h. Já o preço foi mais fácil de encontrar: no verão, o ticket apenas para a Acrópole custa 20 euros; no inverno, sai por 10. O ingresso combinado para os demais sítios arqueológicos da cidade (Ágora Antiga, Ágora Romana, Templo de Zeus, Biblioteca de Adriano etc) custa 30 euros o ano todo e vale por cinco dias.
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Anthony Quinn’s Bay
Anthony Quinn’s Bay é uma baía belíssima localizada na Ilha de Rhodes, no arquipélago grego do Dodecaneso e quase na fronteira com a Turquia. O nome da praia advém do fato de o governo do país ter dado o lugar de ‘presente’ ao ator Anthony Quinn por sua interpretação no filme ‘Zorba, o Grego’. O astro nunca tomou posse da baía e quem ganhou o presente fomos nós, viajantes, que podemos frequentá-la livremente. Além de espreguiçadeiras para alugar, a praia tem um barzinho com vista panorâmica que serve pizzas, sanduíches, sorvetes e saladas.
Há duas formas de chegar a Anthony Quinn’s, que fica a cerca de meia hora da capital, Rhodes Town, pela rodovia EO95 (que também leva para a Baía de Lindos, mas falaremos dela mais adiante). A primeira é alugar um veículo, seja carro, scooter ou quadriciclo. Saindo da cidade, você segue as placas para Lindos até que apareça a sinalização para Cape Ladiko, à esquerda. São 10 minutos de estrada até Ladiko, que também é uma prainha bonitinha, e mais cinco até o estacionamento de Anthony Quinn’s. A segunda é tomar parte em um dos tours de barco que saem de Rhodes Town e seguem até Lindos, parando na baía no caminho.
Cidade de Mykonos
Quando você pensa na Grécia, imagina aqueles vilarejos cheios de casinhas caiadas de branco e azul espalhadas por labirintos de ruelas minúsculas. Muita gente acha que vai ver isso em Santorini, a ilha mais famosa do país, mas está enganado. Embora seja lindo de morrer, o vilarejo de Oía não tem muitas construções desse tipo, sendo mais dominado por hotéis e suas piscinas de borda infinita pendurados nos penhascos. Quem quiser ver um vilarejo branquinho e viver a delícia de se perder por suas ruazinhas sem fim deve procurar outra ilha famosa: a de Mykonos. Sua capital, Mykonos Town, corresponde 100% à descrição acima.
Localizada no popular Arquipélago das Cíclades, Mykonos é uma ilha totalmente turística e de fácil acesso desde a capital, Atenas (40 minutos de avião; de 2 a 5 horas de ferry), ou da vizinha mais famosa, Santorini (2h30 de ferry). Além de caminhar sem pressa pelo labirinto branco da cidade com suas dezenas de lojas, restaurantes e cantinhos perfeitos para uma foto, não deixe de dar uma olhada no velho porto de Mykonos, de onde saem os barcos para a Ilha de Delos; na Igreja Ortodoxa de Paraportiani, também toda feita de pedra branca; na região conhecida como ‘Little Venice’, ou Pequena Veneza por reunir várias casas de frente para o mar; e nos Moinhos de Kato Mili, principal cartão-postal da cidade e lugar perfeito para assistir ao pôr-do-sol.
Templo de Zeus
Outra construção do mundo antigo a integrar nossa lista de coisas imperdíveis o que fazer na Grécia é o Templo de Zeus Olímpico, em Atenas. Localizado em uma área chamada de Olympieio, suas ruínas ainda em parte eretas contra o céu são o resquício da mais famosa edificação de mármore já construída pelo homem. E não poderia ser diferente, já que o templo foi erguido em 125 AC para honrar o rei de todos os deuses do Olimpo. Além do incrível conjunto de colunas dóricas, também é possível observar do local uma bela vista da Acrópole de Atenas ao fundo. O Templo de Zeus pode ser visitado todos dos dias, das 8h às 18h, segundo o site do Ministério da Cultura da Grécia.
Os ingresso apenas para este sítio arqueológico custam 6 euros no verão (1º de abril a 31 de outubro) e 3 euros no inverno (1º de novembro a 31 de março). O ingresso combinado para os demais sítios arqueológicos da cidade (Acrópole, Ágora Antiga, Ágora Romana, Biblioteca de Adriano etc) custa 30 euros o ano todo e vale por cinco dias. O templo está localizado próximo da Acrópole e se chega até ele pela mesma Estação Acropoli do metrô de Atenas. Mas, em vez de pegar a esquerda na Rua Dionysiou Areopagitou, você vai para o lado direito, passará pelo Arco de Adriano e seguirá pela Avenida Vassilisis Olgas até encontrar a bilheteria.
Mosteiros de Meteora
Ainda pouco conhecidos pelo turista em geral, os Mosteiros de Meteora não deveriam estar apenas em qualquer lista de coisas imperdíveis o que fazer na Grécia, como também do mundo! Não é à toa que a rede CNN se refere a eles como ‘os mosteiros gregos no céu’, já que estes seis edifícios ortodoxos estão literalmente pendurados em picos extremamente estreitos, que mais parecem dedos apontados para o céu do que rocha firme. Alguns deles estão localizados a mais de 400 metros de altura! Construídos entre os séculos XIV e XVI por monges eremitas, os mosteiros são hoje tombados como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Meteora fica na cidade de Kalampaka, na região centro-norte da Grécia. Para chegar até ela, você pode pegar um trem ou ônibus partindo de inúmeras cidades do país, sendo que da capital, Atenas, a viagem dura entre 5 horas (de trem direto) e 5h30 (trem com parada ou ônibus). Para ir de Kalampaka até os mosteiros, existe um ônibus turístico que circula entre a avenida principal e as montanhas ao longo do dia, basta perguntar no seu hotel onde pegá-lo. É possível ainda fazer todo o trajeto a pé, mas achamos a caminhada excessiva e desnecessária. Se você gosta de andar, sugerimos que faça a subida de ônibus, vá a pé de um mosteiro para outro – a estrada é totalmente plana – e depois desça também a pé pela trilha que leva de volta à cidade.
Embora a visão mais bonita de Meteora seja do lado de fora, todos os seis mosteiros são abertos à visitação, sendo que o ingresso custa 3 euros em cada (como não existem banheiros públicos, é inevitável que você acabe entrando em pelo menos um deles, hehe). Recomendamos que você escolha um ou dois para visitar, já que eles são todos mais ou menos iguais. O maior e mais procurado é o Great Meteora (abre das 9h às 17h e fecha nas terças). Os outros mosteiros são St. Stephen (abre das 9h30 às 13h30 e das 15h30 às 17h30, fecha nas segundas), Roussanou (abre das 9h às 14h e fecha nas quartas), Holy Trinity (abre das 9h às 17h e fecha nas quintas), Varlaam (abre das 9h às 16h e fecha nas sextas) e St. Nikolaos Anapafsas (abre das 9h às 15h30 e fecha nas sextas).
Ágora Antiga
Outro sítio arqueológico do mundo antigo a integrar nossa lista de coisas imperdíveis o que fazer na Grécia é a Ágora Antiga, em Atenas. Localizada na descida sul da Acrópole, é uma boa pedida de passeio para fazer depois de ver o Partenon e as outras construções no alto da colina. O acesso também é possível desde a Estação Monastiraki do metrô, que fica a apenas cinco minutos de caminhada da bilheteria. A Ágora Antiga – também chamada de Ágora de Atenas – era o centro administrativo, político, comercial e social da cidade-estado. Era nesta área aberta, cercada por prédios públicos e mercados, que se podia fazer qualquer manifestação de opinião, conforme regia a democracia ateniense.
Hoje, além de inúmeros vestígios arqueológicos, podem ser vistos na área a igreja bizantina de Aghioi Apostoloi – que data do ano 1.000 -, o Templo de Hefesto, as figuras da fachada do Odeon de Agripa e a Estoa de Átalo, que foi totalmente restaurada para abrigar o museu da Ágora. O local abre para visitação todos os dias, das 8h às 18h, segundo o site do Ministério da Cultura da Grécia. Os ingressos apenas para a Ágora custam 8 euros no verão (1º de abril a 31 de outubro) e 4 euros no inverno (1º de novembro a 31 de março). O ticket combinado para os demais sítios arqueológicos da cidade (Acrópole, Templo de Zeus, Ágora Romana, Biblioteca de Adriano etc) custa 30 euros o ano todo e vale por cinco dias.
Praia de Paraga
Conhecida por ser uma das ilhas mais democráticas da Grécia, Mykonos – localizada no popular Arquipélago das Cíclades – oferece opções de praias para todos os gostos e bolsos. Enquanto os jovens e baladeiros encontram seu lugar em Super Paradise, Psarou é a faixa de areia dos ricos e refinados. Mas quem curte sossego e um mar daqueles lindos de morrer vai para Paraga. Para chegar até ela, é preciso se hospedar na praia – existe um hostel/camping com preços bem acessíveis na beira do mar – ou alugar um veículo para dirigir por pouco mais de seis quilômetros de estradinhas sinuosas desde a capital, Mykonos Town.
Como a ilha é bem pequena, não há necessidade de alugar um carro: um quadriciclo ou uma scooter estão de bom tamanho. Paraga oferece infraestrutura completa, incluindo bares, restaurantes, ‘beach clubs’, aluguel de espreguiçadeiras e até um minimercado. Os preços são honestos, o que a torna uma das praias mais frequentadas por jovens casais e mochileiros. O ponto forte de Paraga é a cor do mar, que não se consegue decidir se é azul ou verde, mas que com certeza é lindo de deixar a gente sentado horas nas rochas da praia, só olhando… Para melhorar, a praia é de areia, e não as tradicionais pedrinhas europeias que deixam a retaguarda dolorida. Gostamos tanto do lugar que voltamos no dia seguinte para curtir uma segunda tarde à beira-mar.
Vilarejo de Oía
Se não fosse pela existência de Veneza, poderíamos dizer sem sombra de dúvida que o vilarejo de Oía, na Ilha de Santorini, é o local mais procurado por casais apaixonados ou em lua de mel no mundo todo. Mas ser o segundo também diz muita coisa sobre este romântico lugar. A pequena cidade – tem apenas 1.500 habitantes – é o lar de alguns dos mais famosos cartões-postais da Grécia, como esta igreja da foto abaixo, e nenhuma visita ao país seria completa sem que você assista a pelo menos um pôr do sol nas ruínas do seu castelo bizantino.
Pendurada sobre os penhascos da chamada ‘caldera’ de Santorini – o lago formado dentro das bordas de um vulcão extinto -, seu charme reside nas coloridas casas e igrejas feitas de pedra na mais típica das arquiteturas gregas em contraste com o luxo dos hotéis e suas piscinas de borda infinita debruçadas sobre as rochas. No meio do emaranhado colorido que se estende sobre o penhasco, um único moinho arremata a paisagem com chave de ouro.
É claro que tanta beleza tem seu preço e é impossível pensar em se hospedar no vilarejo sem gastar algumas dezenas de euros por noite. Para quem não tem um orçamento a altura, recomendamos ficar na cidade de Fira, a capital da ilha. Oía está localizado na parte norte da ilha, a apenas 12 quilômetros de distância. De Fira, você pode pegar um ônibus público ou alugar uma scooter ou quadriciclo para visitar Oía. Também é possível se descolar entre as duas cidades caminhando pela borda da ‘caldera’, em um trajeto de cerca de duas horas.
Praia de Navagio
Considerada a praia mais linda do mundo, a Praia de Navagio não poderia ficar de fora de nenhuma lista de coisas imperdíveis o que fazer na Grécia. Esta faixa de areia colocou a Ilha de Zakynthos – antes um refúgio de verão de italianos de classe média – na rota do turismo mundial. Não existe nenhuma cidade em Navagio, então você terá que se hospedar na capital, Zakynthos Town, ou em alguma das praias da ilha. Há duas formas de visitar Navagio, seja por terra, para vê-la do alto (é a parte mais bonita); seja por mar, para efetivamente pisar nas suas areias. Se quiser ver a praia de cima, você pode contratar um tour ou alugar um carro/quadriciclo/scooter e percorrer a estrada até o mirante que fica nas falésias.
A sinalização é precária, mas a ilha é pequena e não há como se perder. Além disso, basicamente todos os carros da estrada estarão indo para lá, hehe. Já os tours de ônibus saem praticamente de qualquer praia, bastando consultar seu hotel ou uma das muitas agências de passeios espalhadas pela ilha. O mirante sobre as falésias de Navagio é um quadradinho de ferro minúsculo que está sempre lotado e que NÃO tem a melhor vista da praia. Para isso, você deve se dirigir para a trilha de terra à direita, que entra em uma propriedade privada e para sobre os rochedos alguns metros adiante.
Deste ponto sim, você terá a melhor vista de Navagio do alto, além de muito espaço para dividir com todos os outros visitantes. Apensa tome cuidado se estiver com crianças, pois não há nenhum tipo de grade de proteção. Já para colocar os pés em suas areias, é preciso ir de barco e existem dois modos de fazer isso. O primeiro é embarcar em um dos inúmeros tours que partem de Zakynthos Town ou de localidades mais próximas, como Porto Vromi, Agios Nikolaos e Skinarialugar.
Se você estiver hospedado nas praias não precisa se preocupar, pois as empresas de turismo buscam clientes de ônibus em várias localidades à beira-mar. O passeio custa cerca de 25 euros. Mas, se você quiser saber como visitar Navagio Beach com toda a liberdade do mundo, a resposta é abrir a mão e alugar um barco particular de pequeno porte em Porto Vromi, o vilarejo que fica logo ao lado da praia. Assim, você pode ir a Navagio antes ou depois das ordas de turistas e ficar por lá quanto tempo quiser. Confira aqui tudo o que você precisa saber sobre como visitar Navagio Beach.
Cidade de Rhodes
Nada de casas brancas e azuis, capelinhas ou penhascos como nas famosas Santorini e Mykonos. Rhodes é a mais surpreendente das ilhas gregas, embora nem sempre seja incluída nos roteiros de viagem pela Grécia devido a sua distância. A ilha está localizada no arquipélago do Dodecaneso, a 434 quilômetros da capital, Atenas, de onde só é possível chegar de avião (1h05 de voo). Acaba sendo mais fácil visitar a ilha para quem está na Turquia, de onde partem ferries que percorrem a distância até Rhodes em duas horas. Mas não permita que a distância faça você riscá-la da sua lista de coisas imperdíveis o que fazer na Grécia.
Além de abrigar a belíssima Anthony Quinn’s Bay – da qual já falamos – e a estonteante Baía de Lindos – da qual ainda vamos falar – , a capital da ilha, conhecida como Rhodes Town, também é fascinante. A cidade só passou a fazer parte do território grego em 1947, tendo antes passado pelas mãos de cavaleiros cruzados, otomanos e venezianos. Todos eles deixaram suas marcas na arquitetura da cidade, até hoje protegida por sólidos quilômetros de muralhas medievais. Entre os ‘highlights’ do passeio, estão andar pela estrutura de defesa, visitar o Palácio do Grão Mestre (confira horários e preço aqui), caminhar pela Rua dos Cavaleiros e se perder pelas fascinantes ruelas construídas na Idade das Trevas.
Saindo para fora das muralhas, você verá ainda o Porto de Mandraki, onde estão o Forte de St. Nicholas e os antigos moinhos de vento de Rhodes. Na extremidade esquerda da baía formada pelo porto, estão dois pilares que marcam o local onde ficariam as duas pernas do lendário Colosso de Rhodes, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Hoje, poucos historiadores acreditam que essa tenha sido realmente a posição original da gigantesca estátua, sendo mais provável que ela tenha sido erguida no centro da cidade e que tivesse as duas pernas unidas. Mas, em termos de turismo, é muito mais divertido pensar que ela realmente esteve ali no porto, não é mesmo?
Ilha de Delos
Outro sítio arqueológico do mundo antigo a integrar nossa lista de coisas imperdíveis o que fazer na Grécia é a Ilha de Delos. Segundo a mitologia grega, foi nesta minúscula e rochosa porção de terra que nasceram os deuses gêmeos Apolo e Ártemis. Por isso, o local era considerado sagrado e se tornou um dos complexos religiosos de maior importância da Grécia Antiga. Graças à peregrinação ao local, desenvolveu-se na ilha uma rica e próspera cidade cujas ruínas hoje são os únicos habitantes. O extenso sítio arqueológico abrange templos, portos, mercados, ginásios, um teatro, praças e residências adornadas com colunas de mármore e mosaicos coloridos. O ponto alto do passeio é o Terraço dos Leões, onde estátuas dos animais seguem eretas contra o céu azul da ilha e nos lembram seu passado glorioso.
Delos é de fácil acesso de barco desde a ilha vizinha de Mykonos. Os ferries partem do porto velho – o píer logo atrás da pequena Igreja de Agios Nikolaos – às 9h, 10h e 11h e retornam às 12h15, 13h30 e 15h. O preço é de 20 euros para ida e volta e a viagem dura cerca de 30 minutos. Como a extensão das ruínas é grande, tente pegar o primeiro barco, assim garantirá ter tempo suficiente para ver tudo antes da última embarcação voltar. O sítio arqueológico funciona em horários diferenciados dependendo da estação, segundo o site do Ministério da Cultura da Grécia. No verão (1º de abril a 31 de outubro), abre todos os dias das 8h às 20h. No inverno (1º de novembro a 31 de março), apenas de terça a domingo das 8h às 15h. O ingresso custa 12 euros e também permite visitar o museu das ruínas.
Estádio Panathinaikos
Embora exista desde a Antiguidade, o Estádio Panathinaikos não é mais um sítio arqueológico. A estrutura que listamos entre as coisas imperdíveis o que fazer na Grécia é moderna, do ano de 1896 para ser mais exato. Foi neste ano que os Jogos Olímpicos voltaram a ser disputados e é claro que Atenas, a capital do país que os criou, teria que ser sua sede. Para receber a grande festa do esporte – embora naquele época ela ainda fosse bastante modesta -, ergueu-se um estádio de 80.000 lugares todo feito em imaculado mármore branco do Monte Pentélico. A beleza do Estádio Panathinaikos assombrou o mundo naquelas Olimpíadas e continua impressionante até hoje.
De centro esportivo, o local histórico passou a ponto turístico e recebe muito mais visitante do que atletas. Você pode subir nas arquibancadas, correr pela pista oval, entrar pelos corredores subterrâneos e tirar uma foto no topo do primeiro pódio olímpico da era moderna. O estádio está localizado a cerca de 1 quilômetro da Estação Acropoli do metrô. Basta pegar a direita na Rua Dionysiou Areopagitou, passar pelo Arco de Adriano, seguir pela Avenida Vassilisis Olgas – onde fica o Templo de Zeus – e dobrar à esquerda na Avenida Vasileos Konstantinou para encontrar a bilheteria alguns metros adiante. O estádio funciona das 8h às 19h de março a outubro e das 8h às 17h de novembro a fevereiro. O ingresso custa 5 euros.
Ruínas de Delphi
Aos pés do Monte Parnassos, ergue-se mais um sítio arqueológico do mundo antigo a integrar nossa lista de coisas imperdíveis o que fazer na Grécia: as ruínas de Delphi. Este santuário dedicado aos deuses Apolo e Atena era considerado como o centro do mundo na mitologia grega e se tornou lar do mais famoso e procurado oráculo da Antiguidade. Tal era sua importância que ele foi, por vários séculos, o centro cultural e religioso de toda a Grécia Antiga. Hoje, os visitante ainda podem admirar sua grandiosidade nas ruínas do Templo de Apolo e vários outros edifícios. O único contra desse sítio é que ele fica montanha acima, sendo um tanto cansativo chegar até o ginásio, que é a última construção a se visitar.
A pequena cidade de Delphi está localizada a 170 quilômetros de Atenas e pode ser visitada em um bate-volta de ônibus desde a capital. Para quem está seguindo viagem para outras localidades da Grécia continental, ela pode ser uma gostosa parada para uma noite de sono entre as montanhas. O sítio fica a cerca de 15 minutos de caminhada da rua central de Delphi, basta seguir pela rodovia até encontrar a bilheteria. Além das ruínas centrais, há ainda uma escavação secundária que fica um pouco mais distante – mais 10 minutos andando -, mas que é muito bonita e vale a pena visitar (confira na foto abaixo). O sítio abre diariamente das 8h às 18h e os ingresso custam 12 euros.
Baía de Lindos
A Baía de Lindos é o ponto turístico mais procurado da Ilha de Rhodes, no arquipélago grego do Dodecaneso e quase na fronteira com a Turquia. Com o perdão do trocadilho, seu nome faz jus a uma das paisagens mais bonitas da Europa. A baía é dominada por uma Acrópole, onde há ruínas de um templo e de fortificações medievais. Lá de cima, é possível ter uma visão incrível da praia principal à esquerda, e também da Saint Paul’s Bay, à direita. Depois de torrar sob o calor grego no topo da Acrópole, o ideal é descer para a faixa de areia principal para se refrescar no mar e na sombra. A praia dispõe de aluguel de espreguiçadeiras, pedalinhos e caiaques; banheiros públicos, bares e restaurantes a bons preços.
Sem falar que a areia é fofa e a água cristalina, cristalina. Depois de relaxar e curtir essa belezura, você pode caminhar até Saint Paul’s Bay, que é a praia que fica do outro lado da Acrópole. Embora tenha uma abertura para o mar, quando vista do alto Saint Paul parece um gigantesco ‘buraco’ azul fluorescente no meio da terra! Vista de baixo, a baía é emoldurada pela Acrópole e dispõe de uma pequena faixa de areia dominada por um único restaurante (que aluga espreguiçadeiras, além de servir bebidas e refeições à beira-mar). O quadro é arrematado por uma capelinha típica grega, toda branca, nas pedras à direita. Mais bonito de ver do que de passar o dia, por isso um passeio rápido para algumas fotos e admirar o lugar é mais que suficiente.
Para chegar até a Baía de Lindos há duas opções: pegar um ônibus público desde a capital, Rhodes Town, ou alugar um veículo. A primeira exige uma certa dose de paciência, já que os serviços públicos gregos costumam lembrar muito os do Brasil e os coletivos demoram a passar ou estão lotados. A segunda é bem mais cara, mas oferece a oportunidade de conhecer outras belezas litorâneas de Rhodes no caminho até Lindos. A baía fica a 47 quilômetros de distância da cidade pela rodovia EO95 (a mesma que leva para Anthony Quinn’s Bay).
Muita gente acha que a melhor vista da Acrópole de Atenas é a que se tem desde o mirante do Monte Licabeto, mas isso não é verdade. O Licabeto é um bom ponto para se admirar o pôr do sol e as luzes se acenderem sobre a cidade, mas fica muito longe do Partenon e demais edifícios do alto da colina, sendo necessário ter um bom zoom na câmera ou uso de lentes de longo alcance (como a 75-300 mm) para conseguir fotos legais. Para ter uma visão mais próxima, você deve subir a Colina Philopappos, que fica a apenas 15 minutos de caminhada desde a bilheteria da Acrópole.
Para chegar até ela, basta setar no GPS do seu celular o Monumento de Philopappos, pois o mesmo se encontra no topo da colina. Saindo da Estação Acropoli do metrô, basta dobrar à direita na Rua Chatzichristou, que depois vai mudar de nome para Rovertou Galli, e seguir reto até encontrar uma área verde. Entre no parque e pegue qualquer trilha que vá para cima, não tem como errar. Uma vez que chegar ao monumento, basta passar para além dele e você verá as rochas da foto abaixo, que formam um mirante natural. Dele, se descortina uma incrível visão da Acrópole sobre a cidade. Mas aqui, ao contrário do Licabeto, não é um local muito turístico, por isso evite ficar no mirante até escurecer.
Fotos: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar