Em que países há mais probabilidade de perder ou de encontrar um emprego nos próximos 12 meses? As previsões da....
Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicadas em Dezembro 2014, na última edição do relatório “Indicadores Chave do Mercado de Trabalho” são um termómetro da tensão que paira sobre os trabalhadores de 70 nações analisadas.
Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicadas em Dezembro 2014, na última edição do relatório “Indicadores Chave do Mercado de Trabalho” são um termómetro da tensão que paira sobre os trabalhadores de 70 nações analisadas.
Nos primeiros lugares da lista de países de risco mais elevado para quem tem emprego, está a Espanha, apenas ultrapassada pelas Filipinas. O arquipélago vive o rescaldo da destruição provocada pelas tempestades e furacões de novembro último e aqui, a probabilidade de um empregado perder o posto de trabalho é de 28,8%. Mas, por outro lado, como se poderá ler abaixo, as hipóteses de um filipino arranjar emprego no prazo de um ano são as mais elevadas dos países analisados: 98,6%.
No extremo oposto está a Tailândia, onde a probabilidade de um trabalhador cair no desemprego é apenas de 1,8%.
Para Portugal, a agência das Nações Unidas estima o risco em 11,5%, um número superior ao apurado na maioria dos estados europeus, mas ainda assim, abaixo do calculado para a (Grécia 12,9% - os elementos e de 12/2014 agora são mais altos) e os nórdicos Suécia (13,8%) e Finlândia (12,1%).
O indicador pode não ser, contudo, revelador de mais ou menos desemprego já que países com maior flexibilidade laboral tendem a ter mais população “entre empregos”. O problema acontece quando estas pessoas não conseguem reentrar no mercado laboral. Uma realidade que preocupa a OIT, que alerta para o aumento de 40% do desemprego de longa duração em Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, de 2008 até à atualidade.
Passar de desempregado a empregado
Do lado inverso, as probabilidades de um desempregado encontrar trabalho no próximo ano são mais baixas na Grécia (18,6% - os elementos e de 12/2014 agora são mais altos) e na Bósnia (16%), com valores aproximados em toda a região dos Balcãs.
Por outro lado, Noruega (91,7%), México (98,2%) e Filipinas (98,6%) são exemplos de países onde as probabilidades de encontrar um emprego são superiores a 90%.
A organização estima que o típico desempregado português tenha 40,1% de probabilidade de encontrar um trabalho nos 12 meses seguintes a ter perdido o emprego. Um valor abaixo da vizinha Espanha – nos 48,7% – cuja taxa de desemprego é a mais alta da Europa.
Segundo a OIT, os números não são animadores para a generalidade dos países, especialmente os europeus. As manchetes de jornais sobre uma recente diminuição das taxas de desemprego ocultam a amarga realidade de que para muitos trabalhadores desempregados é cada vez mais difícil encontrar um emprego num período de tempo razoável de seis meses ou menos”, explica em comunicado Ekkehard Ernst, chefe da Unidade de Tendências do Emprego da OIT.