Πέμπτη 13 Αυγούστου 2015

Conheça a ilha da Corfu - (Κέρκυρα - Kerkira) viagem dos sonhos e dos amores



CORFU - Corfu, a ilha mais verde da Grécia e a mais famosa do Mar Jônico surpreende pela infinita beleza natural, pela...
arquitetura, pelo passado lendário e por monumentos renascentistas.

Depois de Cefalônia, é a maior das sete ilhas jônicas, com cerca de 102 mil habitantes. Segundo a Confederação Grega de Turismo, Corfu recebeu por via aérea quase um milhão de visitantes no ano passado. É uma ilha mítica. Na “Odisseia”, de Homero, ela foi a última parada de Ulisses antes de chegar a sua terra natal, Ítaca. Com paisagens belíssimas, sua marca registrada é uma pedra verde no meio do mar e o Mosteiro de Vlacherena, em Pontikonisi (ilha dos ratos em grego), na lagoa de Halkiopoulos. As duas atrações podem ser apreciadas na vila de Kanoni.


Com densa vegetação graças às altas temperaturas do verão e a quantidade de água que cai durante o ano, Corfu tem mais de dois milhões de pés de oliveiras e ciprestes. Fica na entrada do Mar Adriático, entre a Grécia e a Itália, a apenas 2 km da costa de Saranda, na Albânia. Com 641 km², é chamada “ilha esmeralda", devido ao mar límpido variando do azul ao verde esmeralda, ou “ilha amarela”, graças às tonalidades das construções dos seus casarões venezianos e edifícios.


A crise econômica na Grécia não atingiu o clima cosmopolita da ilha que tem preços tão elevados quanto as mais famosas das Cíclades, como Santorini e Mikonos. Os moradores vivem num ambiente de nobreza em meio a monumentos, fortalezas venezianas, labirintos, lojas e restaurantes caros. Também convivem com turistas bilionários, como emires do Qatar, geralmente vistos na cafeteria Liston, a mais tradicional da região, na praça Esplanada. Corfu mantém-se de turismo intenso o ano inteiro. A procura aumenta durante o verão europeu e na Páscoa.


A posição estratégica de Corfu, bem no centro das rotas de comércio do Mar Mediterrâneo, foi de grande importância para os principais países europeus. A diversidade cultural deixou traços arquitetônicos na ilha mais prestigiada culturalmente da Grécia. Seus moradores adoram contar sobre sua história tumultuada, marcada por uma encruzilhada de ocupações. Os elementos venezianos são intensos e o estereótipo das ilhas de casinhas brancas com tetos azuis não existe. Os corfiotes (como são chamados os moradores em grego) são hospitaleiros.

Corfu, ou Kerkira (em grego), tem um extenso calendário de atividades religiosas e culturais, a qualquer momento é possível ver uma procissão pelas ruelas da cidade. Afinal, a ilha tem cerca de 600 igrejas, conventos e capelas. Além da ortodoxa, há igrejas católicas, anglicanas, protestantes e sinagogas. E a beleza arquitetônica das igrejas e seus sinos, que tocam mais de três vezes ao dia, não passam despercebidos aos visitantes.


DUAS FORTALEZAS E UM MUSEU

Corfu tem capital de mesmo nome e é dividida em duas cidades: a cidade antiga (Centro Histórico) e a nova (moderna). A antiga é patrimônio mundial da Unesco desde 2007. Com arquitetura renascentista, barroca e clássica preservada, encanta com ruas estreitas, praças, igrejas, museus, arcos, edifícios e mansões. Basta um breve passeio pelas pequenas ruas, a principal se chama Nikiforos Theotoky, para perceber as marcas na arquitetura, no sotaque da língua grega ou na gastronomia, deixadas por romanos, bizantinos, venezianos, franceses, russos e britânicos.

A parte antiga é delimitada por duas fortalezas venezianas, que também são conhecidas como a antiga, construída no século XV, e a nova, erguida entre os anos 1576 e 1645. A antiga é uma obra-prima e monumento mais imponente da ilha. A nova concentra fortificações para a parte nordeste de Corfu. Visitar as duas fortalezas é imprescindível para a vista panorâmica da cidade. Sapatos confortáveis e água são essenciais. Os dois locais têm subidas íngremes, mas a bela vista compensa. Se possível, suba a nova na parte da tarde e a antiga, pela manhã. Assim, você terá a luz certa para boas fotos. Ao descer da fortaleza velha, descanse na cafeteria Paleo Frourio. De lá, aprecie o mar e a igreja de São Jorge, que lembra um antigo templo dórico.

Na parte nova da capital, o visitante encontra as facilidades de uma cidade moderna: lojas, bancos, supermercados e prédios públicos. Passear por lá dá a sensação de se estar numa cidade comum: trânsito, barulho e correria. O interessante da área moderna é o contato com o dia a dia dos moradores.


A Cidade Histórica e a moderna estão interligadas por pequenas ruas, sem divisão entre elas. Dá para visitar as duas ao mesmo tempo. O Centro Histórico é elegante e exige uma maior atenção à arquitetura, praças e placas, que indicam nas ruas antigas onde viveram famosos artistas, sopranos, compositores, princesas, poetas gregos, italianos e franceses. Conforme conta a história, Alexandre, o Grande, também viveu lá quando jovem. Observe os edifícios com pequenas varandas floridas ou varais de roupas pendurados em cada esquina. Corfu é o único local da Grécia que, como na Itália, os moradores têm hábito de estender roupas lavadas do lado de fora da janela ou espalhar varais de uma varanda para outra.

No Centro Histórico, vale visitar a igreja do padroeiro de Corfu, Santo Espiridião, na praça de mesmo nome. Quase ao lado fica o Museu de Cédulas, com coleção de notas e moedas gregas de 1822 a 2002, incluindo uma série completa das últimas cédulas nacionais dos estados-membros da União Europeia até o euro. Bem próximo fica uma das maiores praças dos Bálcãs, a praça Esplanada. A praça, situada em frente à antiga fortaleza, é uma obra francesa. Aproveite para conhecer o ponto de encontro dos aristocratas, a cafeteria Liston, onde as manhãs de domingo são concorridas. Na Esplanada também encontra-se o Museu de Arte Asiática, com cerca de 11 mil objetos e o único do país dedicado à arte da Ásia. Atrás do museu, a vista para o mar é encantadora.


Saindo do centro, passeio imperdível é o Palácio Mon Repos, antiga residência da família real grega. Historiadores dizem que a antiga cidade de Corfu foi encontrada nessa região, chamada de Palaiopolis (cidade velha em grego), onde também há ruínas arqueológicas. O palácio foi transformado em museu e abriga objetos arqueológicos do século XIX e uma exposição exclusiva da História de Corfu. Caminhe pelos jardins e encontre uma praia que só foi liberada ao acesso público em 1994. Outro palácio interessante é o de Aquiles, na vila Gastouri, a 10 km do centro. O palácio, atual Museu Achilleion, foi construído pela imperatriz da Áustria, Elisabeth, ou Sissi. Dedicado a Aquiles, tem várias estátuas de deuses gregos, entre elas as nove musas e a de Aquiles removendo a flecha do calcanhar. No último andar, a obra “Triunfo de Aquiles”, de Franz Matsch, ocupa toda a parede central. O museu também oferece uma vista fantástica para o norte da cidade e o sul de Corfu.

Outro local com paisagem belíssima é a ilhota de Vidos, a menos de 1 km da cidade de Corfu. Tem vista para a Cidade Histórica. Conhecida na Antiguidade como a Ilha de Hera, irmã de Zeus e deusa do casamento, foi o “alcatraz” de Corfu, durante o domínio veneziano.


CIRCULANDO PELA ILHA

Corfu tem uma bela paisagen costeira. Suas praias de águas cristalinas que variam do azul turquesa ao verde esmeralda com areia ou pedras brancas são verdadeiras obras de arte da natureza. Em três dias dá para conhecer as principais praias de carro, sem paradas demoradas. Se o tempo for curto, a direção norte tem praias e vilas mais bonitas. Mas se quiser agitação noturna, siga na direção ao sul.


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Ao norte da ilha, o legal é seguir para a direção de Paleokastritsa. No caminho vale sair da costa para visitar as vilas de casas coloridas e ruas estreitas: Ano Korakiana, Sokraki, Zygos, Sgourades, Strinillas, Petalia e Pantokratoras. A última, Pantokratoras, é o pico mais alto de Corfu, tem 914 metros de altura com vista para o mar Jônico, montanhas da Albânia e vilarejos. Passear de carro pelas vilas leva cerca de uma hora e meia. Retornando à costa, as melhores praias (todas com pedrinhas em vez de areia) para se refrescar são: Barbati, Nissaki, Krouzeri, Kalami, Koulura, Avlaki e Kassiopi. Na primavera, o mar de Corfu é considerado frio, com temperaturas variando entre 15°C e 20°C. No verão, ficam entre 25°C e 27°C.


De Kassiopi siga direto para Sidari, onde fica o famoso Canal d’Amour. Conta a lenda que o casal que atravessar nadando todo o canal fica para sempre junto ou que o solteiro encontrará o amor da sua vida. Querendo um amor ou não, o canal, com pequenas cavernas e grutas esculpidas, é um cenário deslumbrante. Partindo de Sidari, a próxima parada tem vista mágica para a praia de Cabo Drastis, em Peroulades. Assistir ao pôr do sol de lá é impressionante. Embora a estrada para chegar até Cabo Drastis seja ruim, não se assuste e siga as setas (seguimos uma sinalização azul escrita em alemão e em três minutos chegamos ao local certo). Antes de terminar o passeio com chave de ouro, visite a praia da baía de Agios George. Se não agradar, vá direto para Paleokastritsa, que tem seis pequenas praias e acabou de receber dos usuários do site de viagens TripAdvisor o título de uma das dez praias mais bonitas da Grécia em 2014. Para vê-las todas juntas, basta ir até a vila Lakones.

As praias mais próximas da cidade de Corfu, de fácil acesso, também são as mais lotadas e, geralmente, as mais caras. Quase todas as praias da ilha são organizadas. Alugar um guarda-sol e duas cadeiras pode custar até € 10. Os bares e as tavernas à beira-mar oferecem serviços na areia. A dica é começar a descoberta por Benitses e Agios Ioannis, a 16 quilômetros de Corfu, para quem busca areias mais sossegadas, e depois seguir para um mergulho nas praias de Ermones.

Em Ermones fica o campo de golfe mais belo da Grécia e um dos mais bem guardados segredos da ilha. Pelos arredores da cidade de Corfu, também estão algumas das praias mais concorridas. Entre elas, Glyfada, Kontogialos, Gialiskari e Ipsos (todas de areia). Para quem viaja com crianças, as praias de Kontogialos e a de Glyfada são ideais.

Se o assunto for badalação noturna, e ponto de encontro de jovens, siga para Kavos, vila à beira-mar na ponta sul da ilha, lotada de bares, night-clubs e lugares alternativos. A vila não se parece em nada com as outras áreas preservadas e chiques de Corfu, sendo totalmente dedicada aos jovens turistas, principalmente os que vêm do Reino Unido e outros países do norte da Europa.


MASSA ITALIANA E SALADA GREGA À MESA

A presença de venezianos, britânicos, franceses e russos influenciou a gastronomia de Corfu e a manteve com traços de cozinha internacional, principalmente italiana. Em cada esquina do Centro Histórico, é fácil encontrar trattorias com deliciosos macarrões e pizzas. No entanto, a ilha também tem pratos locais com sabores fortes e autênticos. Os mais famosos e servidos em várias tavernas são o sofrito (carne temperada com alho, cozida em molho branco e servida com macarrão, arroz ou batata-frita), a pastitsada (carne ao molho de tomate servida com macarrão) e o bourdeto (espécie de sopa de peixe com molho de pimenta: bastante picante). As saladas clássicas gregas, as azeitonas, os queijos e os frutos do mar frescos também são ótimas pedidas.

Já para os amantes de doces, vale experimentar o boukatsan (croissant com creme de baunilha e canela) e o pão com manteiga e mel servido na loja de laticínios do Periklis Alexis, na rua Agiou Vasileiou, no Centro Histórico de Corfu. A loja tem 70 anos de existência e ficou famosa por seus cremes de baunilha, chocolate e arroz-doce. Segundo a mulher do dono, Vaso Alexi, o segredo do sucesso são os ingredientes — em especial, as ervas. A ilha também tem bebidas locais como a cerveja Corfu, o refrigerante tsitsibira (de gengibre) e o licor kumquat. Para sentir a atmosfera das pequenas ruas da cidade, experimente tomar um drinque, cafezinho, chocolate quente ou gelado em um dos bares mais concorridos: Petite Fleur, ou Bristol ou no terraço do Hotel Cavalieri, todos no Centro Histórico.


COMO CHEGAR

Carro e ferry-boat: De Atenas para Corfu são cerca de 550 quilômetros até o porto de Igoumenitsa (6 horas). A viagem de balsa de Igoumenitsa para Corfu tem duração de cerca de 1 hora e 15 minutos.

Ônibus e ferry-boat: A empresa Ktel (ktelkerkyras.gr) faz a viagem entre Atenas e Corfu (€ 44,20) em 8 horas e meia.

Para completar, tem duas fortalezas. A capital, homônima, é uma encantadora cidade de 30 mil habitantes cujas influências italiana, francesa, inglesa e grega se fazem notar tanto na arquitetura quanto na gastronomia.


COMO CHEGAR

Para quem estiver na Grécia Central, é possível fazer a travessia de ferryboat a partir da cidade de Iogumenitsa: o percurso dura uma hora e quinze. De Patra, no Peloponeso, a viagem leva 5 horas, também de ferry. Há voos diretos partindo de Atenas (55 minutos) e Tessalônica (55 minutos). A companhia low cost EasyJet voa desde Londres (1h15).